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sábado, 16 de janeiro de 2016

POR UMA SOCIEDADE MAIS IGUAL

Certa vez, Paulo Freire um dos maiores pensadores do século XX, reconhecido pela Pedagogia da Libertação, que revolucionou o fazer da educação incluindo o dia-a-dia das comunidades ao modos de apreender novos conceitos e realidades nos disse: "Desrespeitando os fracos, enganando os incautos, ofendendo a vida, explorando os outros, discriminando o índio, o negro, a mulher, não estarei ajudando meus filhos a ser sérios, justos e amorosos da vida e dos outros." Talvez você amiga e amigo não tenha sentido a discriminação, talvez ela nem tenha acontecido consigo dada a sua cor e condição social, ou mesmo você inconscientemente não a tenha percebido, mas a discriminação está aí fazendo vítimas todos os dias. Na glória dos anos de 1950 e 1970 dois grandes futebolistas Mané Garrincha e Pelé, mesmo de origem pobre cor parda e negra eram vistos por muito com brancos pelos maiores aristocratas de nosso país e do mundo devido ao seu talento com a bola, mas tenho certeza que mesmo eles após o sucesso sofreram com discriminação de cor e sua origem pobre. Talvez você não se perceba mas no seu dia a dia a discriminação esteja presente, seja por conceitos pré-concebidos na escola, na Igreja ou Congregação que participa, ou mesmo no ambiente político e social que frequentas. A sociedade humana foi construída e concebida até o momento como uma sociedade de castas e diferenças, de opressão, mesmo 5.000 a.c e depois do nascimento de Jesus Cristo, o homem busca formas e novas maneiras de imprimir diferenças para justificar o domínio e a opressão do homem sobre o homem, sejam essas diferenças por cor da pele, sexo, orientação sexual, status social, ideologia político-partidária, deficiência física ou mental, e até de sangue como fizeram os reis e monarcas. Porém, cabe aqui dizer que mesmo os livros sagrados como a torá dos judeus, a Bíblia dos Cristãos, o Alcorão do Islã, ou o Bhavad Gita dos Hindus, ou outros representam o pensamento daquelas sociedades e o momento histórico os quais foram escritos ou passados através da palavra de geração em geração, e não significam propriamente o pensamento de Deus em qualquer uma de suas formas, elas são apenas um código de comportamento de dominação do homem sobre o homem e o modus como se almejava organizar as sociedades à época. Doutro modo Deus é vida, amor, igualdade e acolhimento. O domínio dos Hunos, Persas e Gregos na Ásia e Oriente, a construção do Grande Império Romano,  as Cruzadas Católicas para Jerusalém, a Colonização do Novo Mundo pelos Ingleses, Espanhóis e Portugueses, o Cisma da Igreja por Calvino e Lutero, o Holocausto do Judeus por Hitler e os Nazistas, e hoje o genocídio Sírio pelo Ditador Assad e o terrorismo do Estado Islâmico e Al-Qaeda são resultado da busca feroz do homem em dominar o homem. Toda e qualquer pessoa que ensina a diferença e a discriminação, seja ela Padre, Pastor, Xeique, Líder Espiritual ou Político não é digno de sua presença e entendimento. A sociedade atual precisa ser transformada por um Espírito de Amor, Paz e Igualdade, esse Espírito ao longo dos séculos vem se manifestando através de Buda ( O Iluminado dos seguidores do Budismo ) de Jesus Cristo ( A Encarnação Humana de Deus para os Cristãos) , de Marahtma Ghandi ( líder político e espiritual para os indianos), Martín Luther King (Pastor Protestante nos EUA), através de Madre Tereza de Calcutá e João Paulo II (Santos para os Cristãos Católicos) e muitos outros que pregam uma sociedade mais justa e igual. Boaventura de Sousa Santos, Professor Catedrático Jubilado da Faculdade de Economia de Coimbra, reconhecido defensor dos Direitos Humanos que nos disse " Temos o direito de ser iguais quando a nossa diferença nos inferioriza; e temos o direito de ser diferentes quando a nossa igualdade nos descaracteriza. Daí a necessidade de uma igualdade que reconheça as diferenças e de uma diferença que não produza, alimente ou reproduza as desigualdades". Por fim, vale ainda citar o grande líder negro africano e ex-presidente da África do Sul Nelson Mandela que sabiamente disse durante sua luta contra o Apartheid, "Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, elas podem ser ensinadas a amar". 

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